Em um mundo que se transforma cada vez mais rápido, planejar a carreira e se mostrar competitivo dentro do mercado de trabalho, pode ser cada vez mais desafiador, e o diploma ainda é uma importante ferramenta de ocupação de espaços na sociedade.
Não é à toa que se formar em uma faculdade é o sonho de 80% dos jovens brasileiros. E é isso o que mostra a quinta edição da pesquisa “O que realmente os alunos pensam sobre o ensino superior” realizada pelo Instituto Semesp, centro de inteligência analítica criado pelo Semesp, e a Workalove. Foram ouvidos 1.542 jovens de todo o Brasil, no período de 9 a 22 de novembro de 2023, destes, 79% têm até 24 anos.
Esses dados são reflexo de um mundo cada vez mais dinâmico que mudou muito desde o antigo e obsoleto conceito VUCA, criado no final dos anos 1980 para descrever o cenário do mundo pós-Guerra Fria: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade (traduzido para o português).
Com a tecnologia, as constantes mudanças e o crescente dinamismo em que vivemos, o conceito VUCA foi substituído pelo novo conceito BANI, que define com maior assertividade o cenário atual. BANI em português significa fragilidade, ansiedade, não linearidade e incompreensibilidade.
Após ter sido criado, em 1980, rapidamente o termo VUCA se espalhou entre lideranças militares, até que passou a ser adotado por empresas em diversos setores de atividade a fim de descrever os problemas que enfrentavam. Mas como esses elementos afetavam a sociedade, economia e o mercado de trabalho?
Essas condições podem influenciar a forma como as empresas operam, como os indivíduos planejam suas carreiras e como a sociedade como um todo se adapta e responde a esses desafios.
Se no mundo VUCA, enfrentávamos ambiguidade e instabilidade, com o BANI, temos caos e a incompreensão de como esse caos surgiu. Essa incompreensibilidade gera ansiedade, pois não temos mais certeza de nada e nada parece estar em nossas mãos. A fragilidade de nossas vidas e negócios torna-se cada vez mais evidente. Por isso, precisamos responder e agir rapidamente, mas se tudo é instável, como saber o que fazer?
Entenda os desafios enfrentados pelos indivíduos na tomada de decisões, e como ele afeta sociedade, economia e mercado de trabalho, agora sob a ótica de cada elemento do Mundo BANI:
Esses quatro elementos (fragilidade, ansiedade, não linearidade e incompreensibilidade) podem influenciar a forma como as empresas operam, como os indivíduos planejam suas carreiras e como a sociedade como um todo se adapta e responde a esses desafios. A compreensão e a capacidade de lidar com esses fatores são essenciais para a resiliência e a capacidade de inovação em um ambiente BANI.
São inúmeras as vantagens de quem escolhe trilhar o caminho da educação superior, pois a universidade desempenha um papel crucial na preparação dos indivíduos para lidar com a volatilidade do mercado de trabalho e enfrentar um ambiente VUCA/BANI, fornecendo habilidades essenciais que são fundamentais para navegar com sucesso em um mundo caracterizado por volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade.
O pensamento crítico é uma habilidade fundamental que os estudantes adquirem na faculdade. A capacidade de analisar informações, questionar suposições, avaliar argumentos e tomar decisões fundamentadas é essencial em um ambiente VUCA/BANI, onde as situações podem mudar rapidamente e as respostas não são óbvias.
Além disso, a resolução de problemas é outra habilidade crucial que os estudantes desenvolvem na faculdade. A capacidade de identificar desafios, formular soluções criativas, implementar planos de ação e avaliar os resultados é fundamental em um ambiente caracterizado pela não linearidade e imprevisibilidade.
E ela ainda desempenha um papel na promoção do empreendedorismo e da inovação ao fornecer aos indivíduos as ferramentas necessárias para identificar oportunidades de negócios, desenvolver novas ideias e gerenciar projetos.
Ter um diploma aumenta a credibilidade, a autoridade e até o salário do profissional em sua área de atuação. Estudos como o da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), mostram que, no Brasil, as remunerações para pessoas com o ensino superior são até quatro vezes maiores.
O significado do diploma tem sido influenciado por mudanças nas práticas educacionais, nas demandas do mercado de trabalho e nas expectativas sociais. Antigamente, o diploma era visto como um sinal de status e de habilidades acadêmicas. No entanto, com o tempo, a importância das habilidades práticas, da experiência e da capacidade de adaptação tem ganhado destaque, levando a uma reavaliação do seu significado.
Atualmente, o diploma ainda é valorizado como uma conquista educacional, mas também é visto como um ponto de partida para o desenvolvimento de habilidades e competências ao longo da carreira. Muitas vezes, empregadores buscam candidatos com diplomas, mas também valorizam experiência prática, habilidades técnicas e capacidade de inovação. Ainda assim, o diploma tem uma influência significativa nas oportunidades de carreira.
Muitos empregadores consideram o diploma como um requisito mínimo para certos cargos, pois ele é visto como um indicativo de comprometimento, capacidade de aprendizado e preparação para desafios profissionais. Em muitos casos, a posse de um diploma pode abrir portas para oportunidades de emprego e promoções dentro de uma empresa.
É impressionante que mesmo com as mudanças do mundo, o diploma continua a ser um porto seguro essencial para quem precisa iniciar a carreira profissional, pois a educação formal proporciona bases sólidas, habilidades transferíveis e adaptabilidade, tornando os diplomados essenciais em ambientes BANI. O diploma prevalece como uma base valiosa em meio à evolução acelerada do mundo profissional.
Ao contrário de perspectivas que questionam sua importância, o diploma desempenha um papel crucial em um cenário de transformação constante.
A inovação permite que as universidades estejam na vanguarda do conhecimento, da tecnologia e da pesquisa, contribuindo para a solução de problemas complexos e para o avanço da sociedade como um todo. Conheça 4 tendências que têm revolucionado as universidades desde 2023.
Com base na lei da oferta e procura, as empresas tendem a buscar profissionais mais qualificados, o que torna as certificações acumuladas um fator importante de competitividade e desafio para muitos trabalhadores.
Pensando nisso, as universidades repensaram o modelo de certificação, e, recentemente, surgiram as microcertificações ou certificações intermediárias, que são concedidas aos alunos após a aprovação em conteúdos específicos previstos na estrutura curricular. Isso permite que estudantes demonstrem seu conhecimento antes de concluir a graduação.
Porém, o desafio para as instituições não é apenas criar as microcertificações, mas também dar significado e importância a elas e avaliar se os métodos de avaliação são compatíveis com as certificações e com as demandas do mercado de trabalho.
A aprendizagem Imersiva está mudando significativamente a forma como os alunos absorvem e interagem com o conhecimento: espaços virtuais, como os do metaverso, estão sendo incorporados nos campi universitários, oferecendo plataformas onde os alunos podem se envolver em experiências educacionais sem precedentes, como é o caso do Tecnológico de Monterrey no México. No Brasil, a Universidade de São Paulo (USP) é um exemplo proeminente dessa tendência.
Em 2024, a tendência significativa na educação é o foco crescente em “futuros sustentáveis”, que integra a educação para sustentabilidade no currículo, enfatizando práticas ESG. Essa abordagem visa equipar os estudantes com conhecimento e habilidades para agir de maneira responsável em um mundo com desafios ambientais, sociais e de governança complexos.
A educação para sustentabilidade inclui a aplicação prática de conceitos sustentáveis e a compreensão de como as decisões podem ser influenciadas por considerações ambientais, sociais e de governança. Além disso, a educação climática se torna parte integral desse movimento, enfatizando a necessidade de entender as mudanças climáticas, seus impactos e estratégias para mitigá-las e se adaptar. Espera-se que os currículos educacionais reflitam essa mudança para preparar os estudantes para se tornarem cidadãos conscientes e proativos em um mundo que exige soluções sustentáveis e inovadoras.
A partir de 2024, a IA terá um impacto transformador no panorama educacional, atuando como assistente avançado para complementar os seres humanos. Recursos como ChatGPT, Bard e Midjourney oferecerão soluções para desafios de aprendizado e barreiras linguísticas. A capacitação de professores para usar a IA será um foco central, com um aumento esperado em programas de formação e eventos dedicados.
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