De antemão, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), Burnout passou a ser considerada uma doença ocupacional, resultado do estresse crônico no ambiente de trabalho que não foi gerenciado com sucesso.
Nesse caminho, a Síndrome de Burnout foi incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID-11) no capítulo de problemas associados ao emprego ou ao desemprego e recebeu o código QD 85.
Entre os profissionais mais afetados com a Síndrome de Burnout, destacam-se profissionais da saúde, da educação, recursos humanos, e judiciário. Assim, mulheres que enfrentam uma dupla jornada no dia a dia, quando se desdobram para cuidar de afazeres domésticos, cuidados com os filhos e trabalhar fora de casa, também podem ser afetadas pela síndrome.
Dessa forma, como nos posicionarmos diante desta doença ocupacional que tanto afeta trabalhadores de todas as partes do mundo, nos mais variados contextos? No texto de hoje, vamos compreender um pouco mais sobre a Síndrome de Burnout e seus malefícios para nossa qualidade de vida. Venha conosco!
Primeiramente, é importante salientar que os sintomas que podem causar a Síndrome de Burnout são diversos e muitas vezes não precisamos sentir necessariamente todos eles para diagnosticar a doença. Em grande parte das pessoas, os sintomas aparecem de forma leve e tomam proporções mais graves com o tempo. É comum que os portadores de Burnout sintam que estão apenas cansados.
De uma maneira geral, os sintomas mais característicos desta síndrome se apresentam, inicialmente, como um estresse crônico e uma alta tensão emocional. Entretanto, eles não se resumem apenas nisso, e se estendem a outros sintomas posteriormente.
Mas afinal, quais os sintomas físicos do Burnout? São eles:
Os sintomas físicos são complementares aos sintomas psicológicos. Dessa forma, demonstra-se interdependentes sobre o estado geral do paciente. Alguns dos sintomas psicológicos são:
Em síntese, essa sintomatologia no ambiente de trabalho pode se originar por meio da sobrecarga mental, bem como estresse. É resultante do desequilíbrio emocional e profissional do sujeito.
Desde já, a exaustão mental pode provir de várias horas excessivas no trabalho. Assim, o indivíduo já não consegue mais aproveitar seu tempo livre para satisfação pessoal, apresenta dificuldades de negar demandas que por vezes não fazem parte de seu cargo, etc. Logo, a existência de um equilíbrio entre o profissional e o pessoal é de extrema importância para a sobrevivência humana.
Os sintomas servem de alerta de que algo não vai bem. Dessa maneira, torna-se fundamental buscar ajuda de um profissional. Então, o tratamento tem caráter multidisciplinar, incluindo psicoterapia, uso de medicação (quando necessário), mudanças no estilo de vida e do trabalho.
Antes de mais nada, a melhor forma de não desenvolver o Burnout é a prevenção, adotando estratégias que reduzam a pressão de trabalho e o estresse.
As estratégias para prevenir a instauração de Burnout ou o agravamento da mesma, por vezes, podem ser instauradas no local de trabalho. Nesse sentido, a empresa pode adotar mecanismos em prol do bem-estar do funcionário.
Em suma, pode ser válido para o funcionário conversar com seu supervisor ou até mesmo colega de trabalho, pontuando situações “gatilhos” de estresse crônicos. Ou seja, sugerir maneiras dinâmicas de continuar executando sua função.
Acima de tudo, exercícios físicos e alimentação saudável também auxiliam para a prevenção da instauração ou agravamento de Burnout. Assim, os mesmos podem ser feitos regularmente, o que auxilia o alívio do estresse.
Por sua vez, indivíduos que apresentam sinais da síndrome podem tratar com psicoterapia e até mesmo solicitar o afastamento prévio do cargo ou empresa, devido às suas condições psicológicas no momento, para a eficácia no enfrentamento dos sintomas.
Portanto, é necessário compreender e se questionar o quanto as condições de trabalho estão favorecendo sua saúde mental. Afinal, sempre é tempo de precaver futuros incômodos, promovendo o autocuidado da melhor forma.
Texto escrito por Adriana Pinheiro e Oliane Benetti, psicólogas da plataforma Terapize.