A revista científica Psychological Science in the Public Interest publicou recentemente um vasto estudo que se dispôs a analisar diferentes métodos de estudo com o objetivo de identificar os mais eficientes.
Das dez técnicas analisadas, cinco muito comuns foram consideradas de baixa efetividade, outras três tiveram sua eficácia classificada como moderada e apenas duas se revelaram altamente eficientes.
Um dos pontos mais interessantes da pesquisa é que as cinco técnicas consideradas de menor eficiência são justamente as mais utilizadas por estudantes brasileiros de todas as idades – desde os que se encontram em fase escolar, até os que estão em fase de preparação para concursos.
Como certeza você deve ter se identificado com algum desses métodos de estudo. Contudo, cada pessoa possui um perfil muito específico, e se algum desses funciona para você, continue usando!
Porém, também é interessante conhecer os demais recursos analisados. Quem sabe você não possa encontrar mais algumas alternativas de estudo que se encaixem no seu perfil?
Além dos dados levantados pela pesquisa, também separamos mais algumas dicas compiladas pelo site Best Colleges, reconhecido por catalogar universidades americanas. Confira!
Estudos relatam que é possível reter até 80% do conteúdo aprendido se você revisitá-lo novamente dentro de 24h. E se fizer isso consecutivamente, o efeito é cumulativo, ou seja, dentro de 7 dias você terá conseguido reter 100% do que aprendeu analisando o material por apenas 5 minutos.
Portanto, para que o aprendizado seja mais eficiente, é preciso aproximar os dias de estudo da data do aprendizado – e não das provas.
Quando se trata de estudar, é comprovado que deixar a tecnologia de lado é bem mais eficiente. De acordo com um estudo realizado por um professor de psicologia de Leicester, na Inglaterra, os alunos precisam de muito mais repetição para gravar um conteúdo quando estão lendo da tela do computador do que quando estão realizando a leitura em um material impresso.
Procure realizar conexões entre as ideias ao invés de tentar memorizá-las por si só. O importante deste método de estudo é que as conexões sejam realizadas por você mesmo, criando ligações próprias para que as informações se encaixem de uma forma que faça sentido para você.
O recurso é tão famoso que tem até nome, chama-se “sleep learning” e consiste em estudar imediatamente antes de dormir. Segundo estudos realizados, neste momento o cérebro tem uma maior propensão a reter um maior número de novas informações ou habilidades.
Ao invés de reler seu livro ou anotações, procure recitar tudo o que lembra a respeito do assunto. Esta atividade é altamente eficiente para proporcionar a memorização a longo prazo.
Use cartões de memorização para assimilar o conteúdo por repetição – isso porque, sempre que a resposta for errada, o respectivo cartão deve voltar para a pilha dos não-respondidos para ser repetido mais tarde.
Avalie constantemente seu nível de habilidade e progresso. A ideia é que essa reflexão auxilie em uma retenção mais consciente e efetiva do conteúdo.
Trocar de lugar de estudo já foi comprovado por muitos estudantes como um excelente método para aumentar a retenção de informações e aguçar a concentração.
É fato que ao assumir o compromisso de repassar o conhecimento a outras pessoas, os estudantes se engajam com maior dedicação. Além disso, eles instintivamente buscam métodos de organização e recordação com mais vontade para desempenharem o papel de professores com eficiência.
Enfim, uma coisa é certa: cada aluno, com o passar do tempo, consegue identificar quais são os métodos de estudo mais eficientes para si. De qualquer maneira, ficam aqui as nossas sugestões, com o objetivo de estimular novas formas de aprendizado além das já abordadas, como a aprendizagem 3D. Desta forma, abrimos a possibilidade para outras práticas e assim, novas descobertas que resultem em progressos cada vez mais satisfatórios – e menos sacrificantes – para o estudantes de qualquer idade.