Sabemos que a situação não tá fácil pra ninguém, principalmente no início da vida profissional. Por isso, consultamos uma especialista em Economia para te dar dicas sobre como economizar enquanto estuda. Confira!
1) Lanche? Só o de casa!
No lugar de comprar seu lanche na cantina, comece a trazer comida de casa. Os ganhos aqui são muitos: você evita aquelas filas enormes nos horários de intervalo, economiza uma graninha e ainda pode aproveitar a oportunidade para se alimentar de maneira mais saudável, evitando as frituras e gorduras vendidas em lanchonetes.
2) Fique (beeeem) longe das dívidas!
Sempre que possível, faça compras à vista. Os limites de cartão de crédito dão a ilusão de que você pode pagar mais do que sua situação financeira permite.
Quando você decide pela compra parcelada (famosa pedalada!), pode comprometer sua renda por vários meses. Ao quitar a fatura em dia, você não pagará juros, porém se atrasar um pouquinho, eles serão exorbitantes.
A escolha pelo pagamento à vista também te permite pedir aquele descontinho maneiro, que todo mundo gosta e precisa.
3) Gaste só o que seu bolso pode pagar!
Além de economizar enquanto estuda, ter um plano de ação para suas finanças nesse período é fundamental e uma forma de estruturar os seus projetos de vida. Por isso, quanto antes você começar, mais cedo atinge seus objetivos.
A dica é seguir a regra 80 + 10 + 10, ou seja: 80% para despesas essenciais (aluguel, faculdade, transporte, alimentação etc.), 10% para reservar aos casos de emergência (doença, desemprego etc.) e os outros 10% para momentos de lazer (baladas, cinema, happy hour, shows etc.).
Se você não estiver conseguindo equilibrar suas despesas e com dificuldades para cumprir a regra 80 + 10 + 10, porque não sobra para poupar e nem curtir a vida, faça uma lista de todas as despesas mensais, iniciando pelas mais altas até as mais baixas. Em seguida, verifique o que pode ser reduzido, dando preferência para cortar os consumos que impactam mais no orçamento e corte os gastos até atingir a regra 80 + 10 + 10.
Determine o quanto pode gastar por mês em cada tipo de despesa e cumpra! Anote tudo que desembolsa mensalmente para comparar com o planejado, de preferência na hora que estiver gastando (em planilha, bloco de notas, app do celular etc.)
4) Você precisa MESMO de um carro?
A compra do primeiro automóvel é um sonho muito comum entre os jovens. Pense bem: ao contrário de outros bens – como o imóvel, por exemplo – o carro desvaloriza muito rápido, isso sem contar nos altos impostos. Enquanto você estiver sem carro, explore todas as alternativas: transporte público (ônibus, trem/metrô) e privado (aplicativos de transporte urbano), além das caronas compartilhadas. Para opções mais saudáveis e sustentáveis, invista nas corridas de bicicleta, rolê de skate, patins/roller ou em caminhadas até o seu trajeto (não esqueça de usar calçados confortáveis!).
5) Aprenda a investir!
Além de economizar enquanto estuda, apostar em investimentos é uma ótima maneira de render novos lucros, mas tem que se ligar no tipo mais adequado ao seu perfil. Não é recomendado investir em poupança ou títulos de capitalização, que podem virar uma perfeita dor de cabeça em tempos de inflação.
Confira as opções mais recomendadas:
• Títulos do Tesouro Nacional
Eles aceitam aplicações de valores a partir de R$100,00, tem liquidez diária (você solicita o resgate hoje e amanhã o dinheiro está na sua conta) e é considerado um dos investimentos mais seguro do mercado.
• CDB, LCI e LCA
São títulos que funcionam como um tipo de empréstimo ao banco, cada um com uma finalidade específica. São garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que assegura ao investidor (com até R$250 mil investido) o retorno do valor aplicado, em caso da falência da instituição.
Nas LCI e LCA não há cobrança de imposto de renda, mais uma vantagem a quem opta por esse tipo de investimento.
• Fundos de investimentos
Carteiras montadas pelos bancos, com estratégias de investimentos que precisam ser cumpridas e divulgadas, onde compramos uma cota de participação que irá render de acordo com a estratégia estabelecida. Existem fundos mais conservadores, como os de renda fixa e outros mais flexíveis, como os que investem em ações, por exemplo.
Antes de contratar qualquer um, analise as taxas de administração e os prazos para resgate.
Se liga! Na maioria dos investimentos, se o resgate do recurso ocorrer antes de 30 dias, é cobrado IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Planeje-se para evitar este custo.
6) Priorize o seu futuro!
Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um profissional brasileiro com formação superior ganha, em média, 140% a mais do que o trabalhador que estudou somente até o ensino médio.
Ou seja: pagar uma faculdade, ainda que seja uma tarefa difícil, continua sendo um grande investimento para o futuro.
Quem estuda com o crédito educacional da Fundacred não se aperta no orçamento. Com o crédito, você paga uma parte da mensalidade enquanto estuda e a outra só depois de concluir o curso. O CredIES, voltado ao ensino superior, possui a menor taxa do segmento (média de 0.35% ao mês) e sem cobrança de juros remuneratórios.
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Autora: Fernanda dos Reis Cardoso é Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e Mestre em Economia Aplicada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente, atua como Consultora de Investimentos e Viabilidade Financeira da Fundacred.